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Banco PanAmericano tem lucro de R$ 76,1 mi no 1º trimestre

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segunda-feira, abril 30, 2012

Qatar Airways adiará entrega de A380 por defeito nas asas

Dubai - A Qatar Airways adiará o recebimento do superjumbo A380 até receber mais informações sobre as rachaduras nas asas do avião da Airbus, segundo afirmou o presidente-executivo da companhia aérea nesta segunda-feira.

Reguladores de segurança europeus ordenaram, em fevereiro, que a Airbus verificasse rachaduras nas asas do A380 em toda a frota do maior avião comercial do mundo, após engenheiros de segurança terem encontrado esse problema em quase todos os aviões inspecionados.
"A Qatar Airways terá que adiar a entrega do A380 programada para outubro de 2013 até receber uma posição clara sobre o problema das rachaduras nas asas, que estão sob processo de modificação pela Airbus", afirmou o presidente-executivo Akbar al Baker, em evento em Dubai.
A companhia tem um pedido de cinco aviões A380 pendentes e deveria receber a primeira unidade no próximo ano. Em janeiro, Al Baker afirmou que estava confiante de que a Airbus iria solucionar o problema, mas não descartou atrasar as entregas caso o problema persistisse.

Fábrica da Coca-Cola fecha na China após detecção de cloro

Xangai - Uma fábrica engarrafadora da Coca-Cola foi fechada temporariamente na região norte da China depois da notícia de que foi detectada a presença de cloro no refrigerante, informaram as autoridades locais.

A agência de inspeção de qualidade de produtos da província de Shanxi (norte) ordenou a abertura de uma investigação.
Um denunciante anônimo havia alertado a imprensa sobre a contaminação de alguns lotes da bebida.
"Uma inspeção no local, uma análise das mostras e entrevistas com os funcionários, assim como outras provas confirmaram a veracidade das informações", destacaram as autoridades.
Um porta-voz da Coca-Cola declarou que o fechamento da fábrica não foi decidido por problemas de segurança alimentar ou do nível do cloro na água, mas por outras questões.
"Os níveis de cloro eram muito inferiores aos limites fixados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Estados Unidos, União Europeia e até pela China para a água potável", afirmou o porta-voz.
O cloro serve para matar as bactérias no tratamento da água potável, mas um índice muito elevado pode ser perigoso para a saúde.
Os problemas detectados, que não tiveram detalhes divulgados, "não afetaram em nenhum momento a segurança de nossos produtos no mercado", segundo um comunicado da Coca-Cola.
Os escândalos alimentares são frequentes na China, onde a opinião pública é cada vez mais sensível ao tema.
As vendas de Coca-Cola no país asiático, que representaram no ano passado 7% do total mundial, continuam em alta e a empresa pretende investir quatro bilhões de dólares no país até 2014.
A Coca-Cola tem mais de 40 fábricas engarrafadoras na China.

Adidas registra lucro 38% maior no 1º trimestre

Frankfurt - A fabricante de roupas e equipamentos esportivos alemã Adidas disse que seu lucro líquido subiu 38% no primeiro trimestre, para €€ 289 milhões, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi conduzido pelo crescimento mais forte que o esperado na China e no Japão, bem como em como pelas vendas da TaylorMade-adidas Golf e despesas financeiras e impostos menores. O valor é bem acima da média da previsão dos analistas consultados pela Dow Jones, que esperavam um lucro de €€ 237 milhões.

O lucro operacional bruto aumentou 30% no primeiro trimestre, para €€ 409 milhões, enquanto a receita subiu 14%, em bases cambiais constantes, para €€ 3,8 bilhões, acima das projeções de um lucro operacional de €€ 3,64 bilhões.
A margem bruta da companhia, uma medida do resultado da empresa com as vendas de produtos, recuou para 47,7% no primeiro trimestre, de 48,4% no mesmo período do ano passado. A margem operacional bruta aumentou para 10,7% no primeiro trimestre, de 9,6% no mesmo período de 2011.
A Adidas disse que irregularidades na sua divisão Reebok India Company deverá resultar provavelmente em um encargo antes de impostos (pretax) de até €€125 milhões e podem levar a empresas a reapresentar seus relatórios financeiros.
A companhia elevou sua meta para 2012, prevendo agora que seu lucro líquido subirá entre 12% e 17% neste ano, antes projeção anterior de alta de 10% a 15%. As vendas deverão aumentar cerca de 10%, em bases cambiais constantes. As informações são da Dow Jones.

Caixa reduz taxa de crédito do BNDES para capital de giro

Brasília - A Caixa Econômica Federal reduz, a partir da próxima quarta-feira (2), a taxa da operação BNDES Progeren, linha de crédito para capital de giro das empresas. Segundo o banco, a taxa mínima do produto cai de 0,96% ao mês para 0,89%. A linha BNDES Progeren é destinada ao aumento da produção, do emprego e da massa salarial, por meio do apoio financeiro, na forma de capital de giro.

“Dessa forma, a Caixa acompanha a redução do custo da operação de 0,5% ao ano (a.a.) comunicada pelo BNDES, e diminui percentual idêntico em seu spread [diferença entre taxa de captação e a cobrada dos clientes], o que representa um benefício final, ao tomador, de 1% a.a. na taxa do empréstimo”, diz a Caixa, em nota.
De acordo com a Caixa, podem ser beneficiárias desta operação as empresas pertencentes a setores industriais, definidos pelo BNDES, e as situadas em municípios abrangidos pela área de atuação do Fundo Constitucional do Norte (FNO) ou do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) de quaisquer setores atendidos nas linhas do BNDES.

BRF tem ano desafiador nos mercados e internamente

São Paulo - A Brasil Foods, maior exportadora de carne de frango do mundo, terá um ano desafiador para as vendas de seus produtos, que se mostraram decepcionantes no primeiro trimestre e que não estão totalmente recuperadas no segundo trimestre, ao mesmo tempo em que lida com custos adicionais decorrentes do processo de incorporação da Sadia.

"É mais fácil construir (uma empresa) quando está tudo a favor... vamos ter um segundo trimestre ainda com dificuldades, mas a visão do ano é boa", disse nesta segunda-feira o presidente da BRF, José Antônio Fay, em teleconferência com analistas, comentando os desafios da empresa para 2012.
Ele acrescentou que, embora a companhia esteja tendo um começo de ano "mais difícil", os sinais para frente "não são ruins", especialmente quando se olha o mercado externo, onde os estoques estão sendo reduzidos em alguns mercados importantes.
"A visão para o segundo semestre é de muita recuperação", acrescentou o diretor financeiro da BRF, Leopoldo Saboya, na teleconferência para comentar os resultados do 1o trimestre, divulgados na sexta-feira.
A empresa, uma das maiores companhias de alimentos do Brasil, registrou lucro líquido de 153 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, queda de 60 por cento ante igual período de 2011, com as vendas externas pressionando os ganhos e negócios no mercado interno aquém dos esperados.
As ações da empresa apresentavam queda de quase 3 por cento por volta das 12h10, enquanto o Ibovespa recuava 0,7 por cento.
MAIORES CUSTOS Ao mesmo tempo em que enfrenta dificuldades nos mercados, a companhia ainda está incorrendo em custos adicionais para cumprir o processo de incorporação da Sadia dentro do que determinou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Pelo acordo para haver desconcentração de mercados no Brasil, acabou acontecendo uma troca de ativos da BRF com o Marfrig, que cedeu unidades na Argentina à companhia e receberá ativos brasileiros da BRF, o que deve ocorrer até o início do segundo semestre.
O Cade também condicionou a incorporação da Sadia pela Perdigão à suspensão da marca Perdigão de alguns mercados por prazos de três a cinco anos, dependendo do segmento, além da suspensão de produtos de carne da Batavo, por quatro anos, a partir de 1o de julho.
Nos mercados em que a Perdigão poderá atuar, a marca deverá ser reforçada, disse o presidente da BRF, com a companhia buscando tirar vantagem do nome conhecido, assim como tem feito com a Sadia. , Nesse contexto, a companhia está registrando alguns custos adicionais.
"O fato é que se formos olhar friamente durante um período isso 'desotimiza' a companhia, cria um certo desbalanceamento, isso pressiona o resultado", acrescentou Fay.
Segundo diretor financeiro, esses custos adicionais da fusão são difíceis de serem quantificados, mas tais gastos visam preparar a companhia para o futuro.
"É uma 'dessinergia' não quantificada. Temos custos que trazem importantes impactos nos resultados, são impactos difíceis de calcular, difíceis de prever, pois são mudanças importantes", declarou Saboya.
Isso deve ocorrer durante 2012, já que a empresa espera estar livres dessas questões decorrentes da incorporação da Sadia em 2013.
Ao mesmo tempo em que está tendo custos operacionais adicionais, a companhia detecta um aumento de despesas com matérias-primas, como o milho e o farelo de soja, que estão seguindo as altas cotações do mercado internacional.
A soja, por exemplo, atingiu o maior valor na semana passada desde 2008, ano em que registrou máximas históricas na bolsa de Chicago.
Fay disse que a empresa está sentindo a pressão dos custos maiores, o que indica repasses de preços.
Ele comentou também que o Brasil, embora ainda seja um produtor de baixo custo de carnes, está perdendo competitividade internacional, especialmente para os norte-americanos.
A taxa de câmbio é um dos favores que por vezes ajuda os EUA e afeta negócios do Brasil.

Pinterest dobra número de usuários em dois meses

São Paulo - O Pinterest, serviço para o compartilhamento de imagens e vídeos, duplicou seu número de usuários únicos diários, de 2 milhões para 4 milhões, entre janeiro e março deste ano.

Segundo relatório divulgado pela empresa Tamba, a participação masculina dentro do site também cresceu, indo de 20% para 28% no mesmo período. Mulheres entre 25 e 54 anos continuam sendo o segmento de usuários mais ativo dentro da plataforma. No total, 2,3 bilhões de páginas foram vistas no Pinterest no mês de março.
Ainda de acordo com a Tamba, o serviço é responsável, hoje, por 17% das vendas promovidas por meio das redes sociais, contra 82% do Facebook e 1% do Twitter. A empresa aponta que a participação do Pinterest deve saltar para 40% até o final do semestre.
Moda, design, coleções, música, artes e decoração são os assuntos que despertam maior interesse dentro da plataforma.
Lançado em março de 2010, o Pinterest tem crescido exponencialmente nos últimos meses. De acordo com a comScore, a rede social já supera a marca de 10 milhões de usuários.
O site permite organizar e compartilhar imagens que o usuário encontra pela web em poucos cliques, além de ser uma vitrine virtual para lojas. Na prática, é como um painel de recados preenchido de coisas belas.

InBev aposta no aumento salarial no Brasil para vender mais

Bruxelas - A Anheuser-Busch InBev, maior fabricante mundial de cerveja, elevou as vendas da bebida nos Estados Unidos pela primeira vez em três anos e afirmou que o aumento dos salários deve elevar o consumo no Brasil.

A fabricante de marcas como Budweiser e Stella Artois vendeu 1,8 por cento mais cerveja e outras bebidas no primeiro trimestre e viu o Ebitda -sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização- crescer 7,4 por cento, para 3,55 bilhões de dólares.
O resultado ficou pouco abaixo da expectativa média de analistas, de 3,58 bilhões de dólares.
A AB InBev, que garante quase 90 por cento de seu lucro na América, aposta no rápido crescimento do mercado brasileiro e na tendência de maior consumo de marcas premium nos Estados Unidos, onde a receita vem subindo apesar da queda do volume diante da crise econômica.
Quanto ao Brasil, seu segundo maior mercado, a companhia afirmou que o aumento de 7,5 por cento no salário mínimo deve ajudar a acelerar o consumo.
A AB InBev tem quase 50 por cento do mercado de cerveja nos Estados Unidos -o segundo maior do mundo depois da China- e quase 70 por cento do mercado brasileiro.
Entre suas rivais, a holandesa Heineken, a maior vendedora da Europa, vendeu mais cerveja que o esperado nos primeiros três meses de 2012, e convenceu consumidores a mudar para marcar premium.
Além disso, a SABMiller reportou aumento de 3 por cento nos volumes de cerveja entre janeiro e março com o crescimento dos mercados emergentes compensando o declínio na Europa e América do Norte.

Bilionário australiano vai construir Titanic II

Sydney - Um dos homens mais ricos da Austrália, Clive Palmer, revelou os planos de criar uma versão do século XXI do lendário navio Titanic, que será construído na China, e cuja primeira viagem, entre Inglaterra e Nova York, seria realizada em 2016.

Palmer, bilionário do setor da mineração, disse ter encomendado à estatal chinesa CSC Jinling Shipyard a construção do Titanic II com as dimensões exatas de seu famoso predecessor.
"Será tão luxuoso quanto o Titanic original, mas é claro que contará com tecnologia de ponta do século XXI e os mais avançados sistemas de segurança e navegação", afirmou Palmer em um comunicado.
"O Titanic II navegará no hemisfério norte e sua viagem de estreia, da Inglaterra a Nova York, está prevista para o fim de 2016", acrescentou.
"Nós convidamos a Marinha chinesa para escoltar o Titanic II em sua viagem inaugural até Nova York", emendou.
O anúncio ocorre semanas depois do centenário de afundamento do Titanic, que foi a pique em 15 de abril de 1912, após colidir contra um iceberg em sua viagem inaugural, entre Southampton e Nova York.
Palmer disse que o novo navio será uma homenagem ao espírito dos homens e mulheres que trabalharam no cruzeiro original.
"Essas pessoas fizeram um trabalho que ainda causam admiração mais de 100 anos depois e nós queremos que este espírito continue vivo por mais 100 anos", afirmou.
O Titanic foi operado pela White Star Line e foi o maior navio de cruzeiro do mundo na época.
Palmer afirmou que sua própria companhia de navegação, a Blue Star Line, ficará a cargo do navio, que terá as mesmas dimensões de seu antecessor, com 840 quartos e nove decks.

Ir de helicóptero é mais barato nas grandes cidades brasileiras

São Paulo - Às 16 horas do dia 24 de março de 2008, Alexandre Oliver reuniu-se na sala do 9º andar de um prédio na marginal do rio Pinheiros, na zona sul de São Paulo, com os dez integrantes do conselho administrativo do Grupo Atlântico Sul, empresa de vigilância que ele preside.

Na pauta, um objetivo definido: encontrar maneiras de evitar que os congestionamentos atrasassem os executivos da empresa. No mês anterior, três leilões públicos para prestar serviços ao governo haviam sido perdidos. Os executivos ficaram presos no trânsito e não chegaram a tempo de dar os lances.
Enquanto olhava, pela janela, o engarrafamento na marginal, Oliver ouviu o diretor comercial, Angelo Rosati, propor: “Por que não trocar os carros por helicópteros?” A ideia pareceu absurda a princípio, mas Rosati insistiu. Calculou quanto custava a hora parada dos executivos no trânsito e comparou com o aluguel de um helicóptero. Conclusão: seria mais barato embarcá-los numa aeronave.
A conta ficou ainda mais favorável quando foram acrescentados o risco da perda dos leilões, bem como os eventuais contratos que eles não podiam sequer pesquisar por estar presos no trânsito. Desde então, o helicóptero é o principal veículo durante o expediente, e a empresa calcula obter economia de 500 reais por hora de voo. “Deixar um gerente comercial parado no carro é perder dinheiro”, diz Oliver.
Para o urbanista Enrique Peñalosa, uma referência internacional em gestão de transporte, o caso do Grupo Atlântico Sul é um exemplo contundente de que São Paulo extrapolou o limite do aceitável. “Uma metrópole tem boa mobilidade quando seus milionários trocam os helicópteros por transporte público ou por bicicleta — não o contrário”, diz Peñalosa.
De acordo com estimativas, São Paulo, com cerca de 450 helicópteros, tem uma frota só inferior à de Nova York. Quem não pode apelar para os céus enfrenta dentro dos carros e de ônibus lotados uma lentidão que chega a travar 200 quilômetros de ruas nas vésperas de feriados.
Quase ninguém faz a conta das perdas causadas pelo transtorno diário de ir e vir, mas o trânsito lento tem um preço alto. Por um lado, há os custos diretos — gastos com combustível, depreciação dos veículos e dificuldades para o transporte de carga. Mas há também os custos indiretos, como a perda de produtividade de uma pessoa que se estressa por ser obrigada a ficar parada horas entre a casa e o trabalho ou a escola. 
Um estudo coordenado pelo economista Marcos Cintra, da Fundação Getulio Vargas, estima que os congestionamentos vão causar prejuízo de 56 bilhões reais para a economia paulistana neste ano, o que corresponde a quase 10% do PIB da cidade. É uma cifra absurda.
A título de comparação: de acordo com o Instituto de Transporte do Texas, os congestionamentos custam o equivalente a 190 bilhões de reais por ano à economia dos Estados Unidos, o país mais motorizado do planeta, com 250 milhões de veículos. Ou seja: a perda da cidade de São Paulo representa quase 30% de todo o prejuízo americano. 
A cifra inclui os custos indiretos, que são igualmente pesados. Segundo pesquisa da ONG Nossa São Paulo, a soma de todo tempo que um paulistano fica trancado no trânsito ao longo de um ano equivale a um mês parado vendo a vida passar pela janela de um veí­culo. O consultor Adriano Branco estima que essa pausa forçada tire 20% da produtividade do trabalhador.
“É um tempo perdido, em que eu poderia estar em reuniões com clientes e colegas de trabalho ou me dedicando à família”, diz o português Pedro Gonçalves, presidente da fabricante de remédios Roche. Há quatro anos em São Paulo, Gonçalves passa de 2 a 3 horas por dia dentro de um carro entre a casa e o trabalho — num trajeto que não deveria levar 30 minutos. 
Gargalo nacional
O mais preocupante é que o trânsito está se transformando num problema nacional. Os congestionamentos fazem parte da rotina de praticamente todas as capitais e cidades médias do país. Um estudo da Associação Nacional dos Transportes Terrestres mostra que moradores de municípios com mais de 1 milhão de habitantes, como Campinas, no interior paulista, passam, em média, 1 hora por dia no trânsito — ou 11 dias por ano.
Há áreas metropolitanas em que, dependendo da tarefa, o tempo gasto vai bem além. Casos como o da rede de fast-food Mini Kalzone, com sede em Florianópolis, Santa Catarina, ilustram o problema. Os congestionamentos no percurso de 30 quilômetros entre a fábrica, que fica em Palhoça, na parte continental da Grande Florianópolis, e as lojas, situadas na ilha, fazem com que se gaste até 6 horas nas entregas.
Um dos problemas no trajeto é o fato de que só existe uma ponte de acesso. Segundo Airton Nunes, gerente industrial da Mini Kalzone, os gastos adicionais com combustível, hora extra, manutenção do veículo e multas (não há locais para descarga e não raro o caminhão é obrigado a parar em fila dupla) encarecem o preço final em quase 10%.
“Subsidiamos parte dos custos com frete”, diz Nunes. “Caso contrário, o repasse seria três vezes maior.” Nem as localidades menores escapam. Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, com 120 000 habitantes, já tem  65 000 veículos e trava todos os dias nos horários de pico. “O trânsito é hoje um forte componente do custo Brasil”, diz Cintra, da FGV. 
As empresas têm procurado saídas para contornar o problema. No final do ano passado, o Grupo Pão de Açúcar criou um programa nacional para realocar funcionários de forma que eles possam trabalhar numa loja próxima de casa.
No entanto, o correto seria que o poder público preparasse as cidades brasileiras para o crescimento, investindo em linhas de metrô, corredores de ônibus, alargamento de vias e na organização do espaço urbano, para que as pessoas pudessem encontrar opções de trabalho menos distantes de onde moram.
Como muito pouco — ou nada — é feito em favor da infraestrutura urbana, a alternativa emergencial tem sido restringir o tráfego de veículos. O alvo do momento são os caminhões, justamente os responsáveis pelo abastecimento das cidades. Atualmente, 17 capitais impõem limites a veículos pesados. 
Os prefeitos alegam que estão seguindo uma tendência internacional, mas o argumento é uma meia verdade. Em outros países, a restrição aos veículos — seja carros, seja caminhões — ocorreu depois de o Estado investir em transporte público, na infraestrutura e no planejamento urbano.
Há dois anos, a prefeitura de Nova York oferece um subsídio às lojas de Manhattan — ilha com nove pontes de acesso — que aceitem receber entregas noturnas. Barcelona restringe horário de circulação e tamanho de veículos, mas tem estacionamentos para caminhões espalhados pela cidade.
Tóquio criou centros por bairros, para onde convergem os caminhões de entregas de fornecedores. Desse ponto, saem veículos menores com cargas compartilhadas para todas as lojas do bairro. No Brasil, quem sofre a restrição precisa se virar sozinho — e as soluções individuais geram custos que são repassados.
Depois que a prefeitura de São Paulo limitou o trânsito de caminhões no centro expandido, a Expresso Mirassol, que abastece a Grande São Paulo, investiu 10 milhões de reais na compra de 120 caminhões menores para substituir 30 carretas. O gasto extra elevou o frete em 15%.
Como o cenário é de crescimento urbano, a tendência é que o trânsito se torne mais moroso e custoso caso o poder público continue optando por medidas paliativas. “É certo que o movimento nas cidades vai aumentar”, diz Hugo Yoshizaki, especialista em logística da Universidade de São Paulo. “Só o planejamento vai evitar o colapso.” Com a palavra os candidatos a prefeito, a quem caberá boa parte da solução do gargalo urbano — sem apelar para os helicópteros.


Microsoft investe US$ 300 milhões em Barnes & Noble

São Paulo – A Microsoft está investindo 300 milhões de dólares na compra de 17,6% de participação dos negócios digitais de livros da Barnes & Noble. O plano é fazer com que o Nook, leitor de livros digitais da livraria americana, seja vendido em conjunto com produtos da fabricante. Para a Barnes & Noble, a principal vantagem será o acesso a outros países.

Como parte da estratégia, haverá um aplicativo Nook incluído no novo Windows 8, com lançamento previsto para o início de junho. Ainda este ano, os computadores e tablets com o novo sistema operacional devem chegar ao mercado.
A aliança vem depois da Microsoft ter ameaçado processar a Barnes & Noble e os fabricantes do Nook, no ano passado, por violação de patente. Com o acordo, a livraria terá uma licença de royalties sob patentes da Microsoft para o Nook.
Para a livraria, o investimento vai significar o acesso a mais mercados internacionais, já que o Windows 8 será usado em todo o mundo. Atualmente, a livraria virtual Nook está disponível apenas nos dispositivos iPad e Android.

domingo, abril 29, 2012

Itaú recusou oferta dez vezes maior pelo BPI

São Paulo - O Itaú Unibanco acaba de vender por € 93 milhões uma participação de 18,87% no banco português BPI (Banco Português de Investimento), pela qual o Itaú recusou uma oferta de € 936 milhões em 2007 (antes da fusão com o Unibanco em 2008). A história, relatada pelo jornal português Diário Económico em matéria publicada na terça-feira da semana passada, mostra que o grupo bancário brasileiro deixou de ganhar € 843 milhões (R$ 2,107 bilhões) pelo timing infeliz na venda da sua fatia no BPI. Na verdade, a participação do Itaú quando ocorreu a oferta, em 2007, era ligeiramente menor, de 17,6%.

No momento em que o Itaú Unibanco está no foco no Brasil pela campanha do governo para a redução do spread dos bancos privados e pelos fracos resultados que, junto com outras grandes instituições financeiras brasileiras, obteve no primeiro trimestre, o desfecho da história do BPI passou relativamente despercebido.
Foi em abril de 2007 que o banco português BCP (Banco Comercial Português) reviu de € 5,7 para € 7 o preço por ação de uma oferta pública de aquisição do BPI. O Itaú, que detinha 133,76 milhões (17,6% do capital) recusou a proposta, junto com outro acionista, o La Caixa, grupo bancário espanhol. Assim, a tentativa de aquisição do BCP não teve sucesso.
Há cinco anos, quando a operação foi tentada, a grande crise global ainda não havia começado, e as perspectivas econômicas portuguesas pareciam muito mais brilhantes.
Com o início da turbulência, porém, e especialmente nos dois últimos anos, quando a periferia europeia foi atingida em cheio, os bancos portugueses ficaram em situação crítica, e o preço de suas ações despencou.
Assim, conforme anunciado num comunicado ao mercado em 20 de abril (sexta-feira da semana retrasada), o Itaú Unibanco, por meio da controlada Itaúsa Portugal Investimentos (IPI), vendeu toda a sua participação de 18,87% para o próprio grupo La Caixa.

sábado, abril 28, 2012

Desrespeitar ciclista em SP custará até R$ 574

São Paulo - Motoristas paulistanos terão de respeitar ciclistas se não quiserem levar multa de até R$ 574,62 e ganhar sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A partir do dia 14 de maio, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai fiscalizar e autuar veículos que não dão prioridade às bicicletas no trânsito da cidade.

Até quarta-feira, serão instaladas 243 faixas, em viadutos e grandes avenidas, com mensagens de respeito aos ciclistas. De acordo com a assessora de Fiscalização da CET, Dulce Lutfalla, três artigos (169, 197 e 220) do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) agora serão fiscalizados pelos 2,4 mil agentes.
O primeiro artigo se refere à penalidade para quem dirige "sem os cuidados indispensáveis à segurança". "Nesse caso, o foco será a segurança do ciclista", afirma Dulce. A infração, considerada leve, dá multa de R$ 53,20 e três pontos na CNH.
O segundo artigo trata da infração de "deixar de deslocar, com antecedência, o veículo para a faixa mais à esquerda ou mais à direita", quando for dobrar a esquina. A infração é média, custa R$ 85,13 e rende quatro pontos. "Antes de fazer a conversão, o motorista terá de esperar o ciclista", diz a assessora.
O último artigo fala da rapidez do deslocamento do veículo. "O motorista precisa estar em velocidade compatível com a do ciclista ao ultrapassá-lo. Não pode ir muito mais rápido", diz Dulce. A autuação, grave, rende multa de R$ 127,69 e cinco pontos.
Outros dois artigos do CTB, que já vinham sendo fiscalizados pela CET, ganharão atenção especial. São o 181 (estacionar em ciclofaixa ou ciclovia, uma infração grave) e o 193 (transitar nesses locais, uma infração gravíssima, com valor de R$ 574,62 e sete pontos).
Controvérsia
Os artigos nos quais a CET se baseia para multar quem desrespeita os ciclistas podem criar uma onda de recursos. "Qualquer infração pode ser contestada. Então, vamos aguardar", afirma Dulce. Para ela, as contestações, porém, não devem crescer.

Aeroportos do País têm 12,3% de atrasos, diz Infraero

São Paulo - Os aeroportos do País tinham 12,3% dos voos atrasados e 3,5% cancelados até as 10 horas da manhã de hoje, segundo levantamento da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Ao todo, estavam programadas 805 decolagens entre a meia-noite e as 10 horas de hoje.

No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a situação está mais tranquila. Ontem, por causa do mau tempo e o forte movimento de turistas chegando à capital paulista para a Formula Indy, a situação foi de tumulto e quase metade dos voos programados saíram com atraso de mais de meia hora. Já na manhã de hoje, 13,3% dos 60 voos programados saíram com atraso.
No aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, 16,3% dos 86 voos registraram atrasos na manhã de hoje. No mesmo aeroporto, 12,8% das decolagens foram canceladas.

Instalação de Belo Monte altera rotina de moradores de Altamira

Altamira (PA) - Em menos de um ano, o município de Altamira teve sua rotina mudada com a instalação do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Se, por um lado, o comércio teve muito a comemorar, por outro o inchaço populacional deixou evidente a falta de planejamento para esse crescimento.

“Aumentar meu lucro em 80% é ótimo, mas o aluguel ter aumentado de R$ 400 para R$ 1,5 mil é péssimo”, resume Darlene Peres Monteiro, de 28 anos, dona de uma lanchonete na cidade. Já a opinião do gari Adir Ribeiro dos Santos, de 42 anos, é outra. “A sujeira da cidade aumentou em mais de 80%. Agora, tenho de fazer o mesmo trajeto de limpeza três vezes por dia para deixar as ruas do jeito que ficavam antes”, avalia.
“Infelizmente as pessoas que vieram de fora costumam sujar a cidade mais do que os antigos moradores”, disse o gari à Agência Brasil, ao apontar em direção à Rua 1° de Janeiro. “É lá onde fica um dos refeitórios dos trabalhadores que estão na cidade. Eles saem de lá e jogam os pratos e copos descartáveis no chão”, lamenta Adir.
O gari pensa em aproveitar o boom de Belo Monte para conseguir um emprego melhor. Já fez, inclusive, um curso de pedreiro no centro de capacitação do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), na busca por uma vaga na obra.
A Norte Energia, empresa responsável pela construção e operação da usina, diz que, para aliviar os problemas de sujeira na cidade, repassou três caminhões coletores de lixo, além de um trator e uma pá mecânica para a prefeitura. Está também prevista a construção de um aterro sanitário na cidade, que ainda está na fase de projeto.
Apesar de a sujeira nas ruas dar muito trabalho ao gari, são os problemas de trânsito os que mais o afligem. “Em menos de seis meses, dois colegas meus, que também trabalham na limpeza, foram atropelados. Antes o trânsito era mais solto. Agora não tem mais espaço, e os carros ficam a toda hora tirando fino da gente e desrespeitando a sinalização”.
Altamira tem novas placas e sinais de trânsito, instalados pela Norte Energia. De acordo com a empresa, foram colocadas 5 mil placas, para sinalização de trânsito e das ruas, além de 138 semáforos e R$1,8 milhões gastos com veículos para ajudar nos serviços públicos do município.
“Eles colocaram muitos sinais, mas os carros sempre estão desobedecendo as regras e furam sinal a toda hora. É por isso que digo: não adiante ter sinal se as pessoas não sabem usá-lo”, argumenta Adir.
Os bancos também são problema. “As filas sempre atravessam quarteirão porque a população aumentou e atendimento não”, critica Adir. “Os bancos daqui já eram uma tragédia. Agora são um inferno", corrobora a comerciante Jaciléia Xavier de Melo, de 31 anos.
A situação poderá ficar ainda mais crítica quando os salários dos operários passarem a ser creditados nessas instituições financeiras. Mas isso, de acordo com a Norte Energia, poderá ser amenizado caso a empresa consiga instalar agências bancárias nos canteiros de obra. Isso depende, ainda, de autorização do Banco Central.
"A energia da cidade também piorou. Toda semana falta energia em diversos pontos. Já a água, que era uma negação, conseguiu ficar ainda pior”,acrescentou Jaciléia. A água é um dos principais problemas de Altamira, segundo o diretor de Enfermagem do Hospital Santo Agostinho, Renato da Silva. Ele explica que não há tratamento de água na cidade como um todo, o que torna “muito comum”, a ocorrência de infecções intestinais.
Jaciléia aponta algumas vantagens trazidas pela obra. “Além da sinalização da cidade, melhoraram as escolas, depois que a empresa [Norte Energia] ampliou o número de salas, montou a sala de informática e ampliou os livros da biblioteca [no Colégio Antônio Godin Lins]. Isso deixou minha filha mais motivada para ir à escola, melhorando em vários aspectos seu rendimento".
Apenas para atender ao Projeto Básico Ambiental, a Norte Energia diz já ter investido R$ 175 milhões em ações de saúde, educação, segurança, saneamento e infraestrutura em todos municípios localizados na área de influência da usina.
Tendo como base dados da saúde e da limpeza de Altamira, o secretário de Planejamento do município, Carlos Bórtolli, disse à Agência Brasil que a população cresceu de 99 mil habitantes, em 2010, para algo entre 143 mil e 148 mil habitantes em 2012.
Ele argumenta que todos os problemas apontados pela população têm a mesma origem. “Faltaram medidas adequadas para o boom populacional disparado por Belo Monte. Isso deveria ter sido mais bem planejado por parte do Estado e da Norte Energia. Tão bem ou melhor do que o projeto e a engenharia dedicados à usina".

Rússia e China assinam acordos de US$ 15 bilhões

Moscou - A Rússia e a China assinaram contratos no valor de US$ 15 bilhões neste sábado e vão trabalhar para fortalecer os laços bilaterais, afirmou hoje o vice-primeiro-ministro chinês, Li Kequiang, em fórum de negócios realizado em Moscou. Um total de 27 contratos foram assinados e os dois países disseram que vão expandir a cooperação no setor financeiro, em investimentos diretos e na fabricação de máquinas e eletrônicos.

A Rússia se tornou a principal parceira comercial da China em 2010 e os países pretendem pelo menos dobrar o comércio, para US$ 100 bilhões até 2015. Atualmente a China responde por 10% do comércio exterior da Rússia, segundo o vice-primeiro-ministro russo, Igor Shuvalov.
Entre os projetos planejados dos dois países estão um fundo de investimento conjunto com tamanho estimado em US$ 4 bilhões e o desenvolvimento de um grande avião de passageiros, de acordo com autoridades chinesas e russas. As informações são da Dow Jones.

Gurgel cita até R$ 3 mi a Demóstenes

Brasília - No pedido de instauração de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar as ligações do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, diz que é "expressamente referido" que "R$ 1 milhão foi depositado na conta" do parlamentar. O documento aponta um valor total repassado para o parlamentar de R$ 3,1 milhões.

A afirmação do procurador está no item 36, página 40 do inquérito encaminhado ao Supremo. Toda essa documentação foi liberada ontem pelo ministro Ricardo Lewandowski para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, e para o Conselho de Ética do Senado, que está apreciando pedido de cassação do mandato do senador Demóstenes.
"Em diálogo no dia 22 de março de 2011, às 11:18:00, entre Carlos Cachoeira e Cláudio Abreu, não degravado pela autoridade policial, é expressamente referido que o valor de um milhão foi depositado na conta do Senador Demóstenes e que o valor total repassado para o Parlamentar foi de R$ 3.100.000,00 (três milhões e cem mil reais)", escreveu o procurador da República no inquérito, após analisar documentos da Operação Monte Carlo, que desmontou o esquema de ocupação de poder por parte de Cachoeira em todas as esferas do Estado.
Em despacho assinado ontem à tarde, Lewandowski deixou claro que a CPI, o Conselho do Senado e a Comissão da Câmara devem preservar o segredo das informações do inquérito, em especial as interceptações telefônicas. A publicação ontem da íntegra do inquérito relacionado ao senador pelo site 247 poderá gerar uma investigação no STF. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Barril do Texas fecha em alta de 0,36%

Nova York - O petróleo do Texas fechou nesta sexta-feira em alta de 0,36%, aos US$ 104,93 o barril, impulsionado pela confiança dos consumidores dos Estados Unidos, que aumentou ligeiramente mais que o esperado em abril.

No final da última sessão da semana na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) para entrega em junho avançaram US$ 0,38 em relação ao fechamento anterior.
Com a alta registrada hoje, o petróleo de referência nos EUA conseguiu fechar a semana com uma ascensão de 1,82%.
A cotação foi pressionada em alta pelo dado sobre a confiança dos consumidores americanos, que subiu ligeiramente em abril graças ao que ainda existe otimismo na evolução do mercado de trabalho.
O índice elaborado a partir de enquetes da Universidade de Michigan subiu para 76,4 pontos, dois décimos a mais que em março, mas sete décimos a mais dos 75,7 pontos previstos pelos analistas.
A confiança dos consumidores americanos influiu mais no preço dos futuros do WTI que o indicador de atividade econômica nos Estados Unidos, cujo Produto Interno Bruto, entre janeiro e março, cresceu a um ritmo anual de 2,2%, cinco décimos menos que o previsto.
No entanto, a despesa dos consumidores, que representa quase 70% da atividade econômica do país, subiu 2,9% no mesmo trimestre, superando as projeções dos analistas.
Com vencimento em maio, os contratos de gasolina ganharam US$ 0,02 e terminaram em US$ 3,20 o galão (3,78 litros), enquanto os de gasóleo para calefação para entrega no mesmo mês perderam US$ 0,01, fechando a US$ 3,18 o galão.
Já os contratos de gás natural com vencimento em junho subiram US$ 0,06 até US$ 2,18 dólares por cada mil pés cúbicos. 

Bovespa fecha pregão com queda de 0,81% e perde 4,36% no mês

Brasília – A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) terminou o pregão de hoje (27) com queda de 0,81%, aos 61.691 pontos, depois de fechar 717.884 negócios que renderam giro financeiro de R$ 5,798 bilhões.


Com o resultado desta sexta-feira, o mercado brasileiro de ações amarga desvalorização de 1,28% na semana e acumula perdas de 4,36% no mês. Mas, no ano, o saldo continua positivo, com alta de 8,69%.

Hoje, a Bovespa operou diferentemente de suas congêneres da Europa e dos Estados Unidos, que registraram altas, apesar do rebaixamento da nota da Espanha, ontem (26), e da frustração com o crescimento de 2,2% da economia norte-americana no primeiro trimestre. Os analistas estimavam aumento maior.
As principais bolsas da Europa contabilizaram ganhos de 0,49% em Londres, de 1,14% em Paris, de 0,91% em Frankfurt e de 1,85% em Milão. A Bolsa de Nova York também fechou no azul, com ganho de 0,18%, acompanhada por outros mercados acionários da região como o México (+0,29%), a Venezuela (+0,42%), o Chile (+0,36%) e a Argentina (+0,05%).
O fraco desempenho de hoje na Bovespa foi puxado, principalmente, pelas ações de empresas de construção: Cyrela Realt (-7,90%), Gafisa (-5,54%), Rossi Residencial (-5,31%), MRV (-4,21%), PDG Realt (-3,78%) e Brookfield Incorporações (-3,26%).
No mercado de câmbio, o pregão fechou o dia estável, com alta de 0,05% do dólar depois que o Banco Central fez leilão para compra de dólares para reverter os sinais de baixa na cotação da moeda norte-americana, que encerrou o dia a R$ 1,885 para compra e R$ 1,887 para a venda.
O dólar acumula ganhos de 0,92% na semana e de 3,31% no mês. A valorização das últimas semanas também reverteu às perdas do ano, registradas até a semana passada, e o saldo no ano está positivo em 0,97%.

Paulo Mendonça substitui Eike Batista na presidência da OGX

Rio de Janeiro - A OGX, do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, anunciou nesta sexta-feira nova composição de sua diretoria executiva, no mesmo dia em que importantes companhias no Brasil, como a Petrobras, divulgaram mudanças em seu alto escalão.

A presidência da OGX - até então ocupada por Eike Batista - será assumida por Paulo Mendonça, que era diretor-geral e diretor de exploração da companhia. O bilionário continuará na presidência do Conselho de Administração.
Paulo Ricardo dos Santos será o novo nome da diretoria de exploração e de reservatórios. Já Roberto Monteiro será o novo diretor financeiro e de relações com investidores. Ele ocupava o mesmo cargo na OSX e será substituído por João Borges Neto.
Também será criado um comitê de gestão e planejamento estratégico ligado ao Conselho de Administração, que será presidido por Eduardo Karrer, que preside a MPX, de geração de energia do grupo.
As mudanças na OGX foram anunciadas um dia após a cerimônia realizada no Porto do Açu, no nordeste do estado do Rio de Janeiro, que marcou simbolicamente a extração do primeiro óleo da companhia, que ocorreu no início do ano.
Dia de mudanças
O dia também foi de anúncio de mudanças na Petrobras. A estatal informou a indicação de José Carlos Cosenza para substituir o diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, e de Richard Olm para substituir Renato Souza Duque na diretoria de Engenharia, Tecnologia e Materiais .
No setor de alimentos, a Nestlé anunciou que terá Juan Carlos Marroquin, atual presidente da companhia no México, no comando das operações no Brasil a partir de 1o de julho, no lugar de Ivan Zurita .
Já a Bradespar será presidida por Luiz Maurício Leuzinger após João Moisés de Oliveira ter solicitado a não renovação de seu mandato, manifestando seu desejo de aposentadoria .

Vale apresenta carta de R$ 1,7 bi em garantia judicial

São Paulo - A Vale informou nesta sexta-feira ter apresentado carta de fiança no valor de 1,7 bilhão de reais para garantia de valores cobrados em execução fiscal pela Fazenda Nacional, de acordo com comunicado.

A cobrança envolve supostos tributos sobre lucros de coligadas e controladas no exterior relativos ao período de 1996 a 2002.
A Vale apresentou carta de fiança bancária em cumprimento à determinação judicial, mas disse que isso não representa perda ou derrota em processo que corre na Justiça sobre o assunto.
"Estamos confiantes em nossos argumentos e continuaremos a apresentar os recursos cabíveis até que o julgamento do mérito da defesa apresentada pela Vale ocorra", disse a empresa.
A disputa judicial é referente à cobrança de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) em relação aos ganhos de controladas no exterior.
"Conforme informado anteriormente, a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em vigor impede o prosseguimento de qualquer medida administrativa ou judicial para a cobrança de débitos, relacionados a lucros no exterior", disse a Vale.
"A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), desconsiderando o teor e alcance desta decisão, efetuou pedido de garantia aceito pelo juiz de primeira instância. A Vale apresentou carta de fiança bancária em cumprimento à determinação judicial", acrescentou.

Mercado interno no primeiro tri ficou aquém, diz BRF

São Paulo - Apesar de ter uma performance melhor do que as exportações, as vendas da BRF Brasil Foods no mercado interno no primeiro trimestre de 2012 ficaram aquém do esperado pela companhia. "Não fomos somente nós que sentimos, o setor como um todo percebeu isso. O varejo se comportou de uma maneira fraca, tímida, o giro não foi tão forte. Talvez o período de férias tenha interferido", disse o vice-presidente de Finanças, Administração e Relações com Investidores, Leopoldo Saboya, durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira.

Segundo ele, da diminuição de R$ 257 milhões do Ebit (lucro antes dos juros e impostos) entre o primeiro trimestre do ano e de 2012, o mercado interno foi responsável por perdas de R$ 248 milhões. Porém, Saboya acredita em uma recuperação das vendas domésticas nos próximos períodos.
"Acreditamos no efeito positivo do salário mínimo, das medidas de estímulo anunciadas pelo governo e no repasse da queda da Selic. Isso vai aumentar a confiança do consumidor. Só estamos esperando os sinais efetivos do mercado para ver realmente a recuperação", disse o executivo.
Saboya ainda comentou que, no curtíssimo prazo, a empresa está sendo pressionada pelos custos de produção, principalmente do farelo de soja, que alcançou níveis recordes. "Acredito que teremos de fazer eventuais reajustes de preço para compensar esses custos", afirmou.
Cade
Segundo o vice-presidente de Assuntos Corporativos da BRF, Wilson Mello Neto, que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) se manifestará em maio sobre a troca de ativos entre a empresa e a Marfrig anunciada em dezembro. "No mais, está tudo em ordem", declarou.
Segundo ele, no dia 01 de junho começam as transferências dos ativos. Nessa data, a BRF recebe a Quickfood da Marfrig na Argentina e passa as unidades de Lages (SC), Duque de Caxias (RJ) e Carambeí (PR. Neste este último local, somente a fábrica de suínos. Já em 01 de julho, a BRF transfere à Marfrig outras unidades fabris e o pacote de marcas definidas no acordo com o Cade. E, por fim, em 01 de agosto, recebe as unidades da BRF de Brasília (DF) e Várzea Grande (MT).
"Já as suspensões de produtos da marca Batavo (cárneos) e Perdigão começam dia 01 de julho", informou o executivo. Pelo Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) firmado com o Cade na época da aprovação da fusão com a Sadia, ficou determinada a suspensão das vendas de cárneos da Batavo por quatro anos e alguns itens da Perdigão por entre três e cinco anos, dependendo da categoria.

BRF investirá de R$ 2 bi a R$ 2,5 bi nos próximos três anos

São Paulo - O vice-presidente de Finanças, Administração e de Relações com Investidores da BRF Brasil Foods, Leopoldo Saboya, reafirmou os guidances de investimento e captura de sinergias com a fusão com a Sadia. Sobre os aportes, a BRF vai investir entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões nos próximos três anos. Somente no primeiro trimestre, os aportes somaram R$ 594 milhões, alta de 128% ante o mesmo período de 2011. "O aumento não é para assustar. É que o ano passado estávamos com o 'freio de mão puxado' por causa da espera da posição do Cade sobre a fusão com a Sadia. Agora, retomamos aos níveis normais de investimentos", explicou o executivo durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira.

Com relação aos guidances de sinergias com a fusão, Saboya reafirmou a captura de sinergias líquidas antes de impostos de R$ 1 bilhão por ano entre 2012 e 2013 e a estabilização nesse patamar desse período em diante. A BRF encerrou março com uma dívida líquida de R$ 5,9 bilhões, alta de 9,3% ante a cifra de R$ 5,4 bilhões do mesmo período de 2011. Do total do endividamento bruto, 45% estão no curto prazo e 55%, no longo prazo.
O caixa da companhia no período era de R$ 2,3 bilhões. "Mas temos uma liquidez de caixa de R$ 3,2 bilhões, incluindo os US$ 500 milhões do crédito rotativo fechado hoje", explicou o executivo. De acordo com ele, com a conquista dos três graus de investimento atribuídos pelas agências de classificação de risco Standard & Poor's, Fitch e Moody's, a BRF tende a ser uma frequente emissora no mercado (frequent issuer), não descartando eventuais próximos acessos ao mercado no ano. Se feitas, os recursos serão para alongar dívidas de curto prazo. Sobre aquisições, o executivo não quis dar mais detalhes, mas afirmou que a companhia está "sempre olhando oportunidades."

sexta-feira, abril 27, 2012

Sistema de Cotas é aprovado por maioria no STF

Brasília – A reserva de vagas em universidades públicas com base no sistema de cotas raciais foi considerado constitucional pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Cezar Peluso foi o sexto a votar favoravelmente e, com isso, garantiu a legalidade do sistema de cotas nas universidades públicas.

“Não posso deixar de concordar com o relator que ideia [cota racial] é adequada, necessária, tem peso suficiente para justificar as restrições que traz a certos direitos de outras etnias. Mas é um experimento que o Estado brasileiro está fazendo e que pode ser controlado e aperfeiçoado”, disse Peluso.
Além dele, os ministros Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Joaquim Barbosa se posicionaram pela constitucionalidade do sistema. Mais quatro ministros ainda irão votar – Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Melo e Carlos Ayres Britto. Os votos já dados ainda podem ser mudados enquanto não for concluído o julgamento, entretanto, o resultado é considerado praticamente certo.
O ministro Antonio Dias Toffoli se declarou impedido de votar, porque quando era advogado-geral da União posicionou-se a favor da reserva de vagas. Por isso, dos 11 ministros, somente dez participam do julgamento.
Para o partido Democratas (DEM), autor da ação que questiona as cotas raciais para ingresso na Universidade de Brasília (UnB), esse tipo de política de ação afirmativa viola diversos preceitos fundamentais garantidos na Constituição.
A UnB foi a primeira universidade federal a instituir o sistema de cotas, em junho de 2004. Atos administrativos e normativos determinaram a reserva 20% das vagas a candidatos que se autodeclaram negros (pretos e pardos).

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