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domingo, abril 24, 2011

Sesi ignora pressão cruzeirense, é campeão e quebra tabu de 6 anos


Um ginásio lotado com uma torcida que já se mostrou eficiente na pressão psicológica não foi suficiente para o Sada Cruzeiro neste domingo. No Ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte, o Sesi venceu a final da Superliga Masculina por 3 sets a 1, com parciais de 25/19, 19/25, 27/25 e 25/17, e conquistou um título inédito para o clube paulistano. Em um jogo equilibrado, a equipe mostrou força no quarto set para surpreender o rival e garantir a taça.
O resultado quebra um tabu de seis anos de equipes paulistas na Superliga Masculina de vôlei. O último campeão do estado foi o Banespa/Mastercard na temporada 2004/2005. Além da partida deste domingo, o Sesi havia vencido o Sada Cruzeiro nos dois duelos da primeira fase da competição.
A conquista coroa a excelente temporada da equipe de São Paulo, que terminou a primeira fase com a melhor campanha e passou por Medley/Campinas e Vivo/Minas na semifinal. Comandada pelo ex-jogador Giovane Gávio, o time foi liderado por estrelas como Murilo, eleito melhor jogador do mundo, o líbero Serginho e Thiago Alves, que conquistou seu quarto título consecutivo (foi campeão três vezes pelo Cimed).
O Cruzeiro, por sua vez, fez a terceira melhor campanha da Superliga Masculina e bateu o Pinheiros/Sky nas quartas de final. O ponto marcante da temporada foi a semifinal, quando o time se envolveu em grande polêmica no duelo com o Vôlei Futuro. A torcida implicou com o central Michael, que é homossexual, manifestação considerada homofóbica pela diretoria do time de Araçatuba.
O duelo com o Vôlei Futuro foi realizado em Contagem e, para a decisão em Belo Horizonte, uma pressão ainda maior era esperada. Apesar de mais de 17 mil pessoas terem comparecido ao jogo, o Sesi desequilibrou no quarto set, disparou no marcador e minou as reações do time mineiro. Os destaques do campeão na final foi Thiago Alves, que deixou a quadra com câimbras, e Wallace, eficiente no ataque.
O jogo - Aos gritos de "Cruzeiro, Cruzeiro", Sesi-SP e Sada Cruzeiro entraram em quadra para o duelo final da Superliga masculina. No primeiro set, o time paulista abafou o canto da torcida e o oposto Wallace Souza, que virava a bola em cada oportunidade que tinha, se destacou.
Inspirado, o outro Wallace, o Martins, dava as cartas na primeira parcial, conduzindo o Sesi. Apesar de início bastante equilibrado, os comandados de Giovane Gávio estavam em sintonia na defesa e apostando no contra-ataque, apagando o Cruzeiro do outro lado. Com ataque do oposto no fundo de quadra, o Sesi fechou o primeiro set com 25 a 19.
Já no segundo set a história foi bastante diferente. O Sesi abriu o placar, mas o espírito lutador da primeira parcial não estava mais em quadra. Wallace sumiu na partida, enquanto Felipe desencantou e foi o nome do Cruzeiro no segundo set.
Com o Sesi visivelmente desanimado, o Cruzeiro chamou a torcida e embalou no jogo, mantendo a diferença de cinco pontos no placar. Nos últimos minutos do set, a equipe paulista apareceu mais e com ataques de Thiago Alves recuperou a confiança, diminuindo a diferença para dois pontos.
Erros no ataque e uma invasão deram novamente vantagem para o Cruzeiro, que construiu um paredão azul na rede com Felipe e Wallace. Com um ataque para fora de Thiago Alves, o time mineiro devolveu o placar do primeiro set, empatando a partida com 25 a 19, em 26min.
No terceiro set, o Sesi voltou concentrado e comemorando mais em quadra, contrastando com a equipe apática da segunda parcial. No momento decisivo do terceiro set, Murilo apareceu na partida e conseguiu um ataque no fundo de quadra para colocar o Sesi à frente no placar, a dois pontos de abrir 2 a 1. Mas com erros do Sesi e bloqueio do Douglas o Cruzeiro deixou tudo igual, 23 a 23. Sandro virou uma parede na rede e fechou a conta para o Sesi, fazendo 27 a 25.
O nome da quarta parcial foi Vini. O meio de rede parou o ataque cruzeirense e ditou o volume de jogo no Sesi. Com pontos importantes de bloqueio, a equipe paulista construiu um paredão na rede, parando Wallace Souza. No segundo tempo técnico, com o Sesi liderando por 16 a 7, Thiago Alves teve atendimento, por sentir cãibras nas duas pernas.
"Tudo bem, cãibra forte nas duas panturrilhas. Tive que sair, mas eu acredito na galera que está lá dentro. Vamos sair daqui tranqüilo", disse o ponteiro, ao Sportv.
Com sete pontos de vantagem para o time paulista, o ginásio Mineirinho se calou e alguns torcedores deixaram o local, desanimados com o resultado. Apesar da larga vantagem do Sesi, o Cruzeiro esboçou uma reação e diminuiu a diferença, que antes era de 10 pontos, para apenas cinco.
Mesmo com o início de reação do Cruzeiro, o Sesi não deu margem ao adversário e disparou no placar, abrindo 22 a 16. Depois de saque de Murilo, Japa para o ataque do time mineiro e faz 24 a 16. Com bloqueio de Vini, o time paulista fechou a partida em 25 a 17.

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