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sábado, julho 30, 2011

Senado derruba plano republicano para dívida dos EUA


O Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira a proposta republicana para aumentar o teto da dívida americana, pouco depois de ela ter sido aprovada na Câmara de Representantes (Deputados). Em um voto de procedimento, o Senado aprovou uma medida para efetivamente bloquear o plano do presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, como tinha advertido o líder da maioria democrata na Câmara Alta, Harry Reid.
Este movimento mantém viva a disputa sobre o limite da dívida, na qual as próximas 72 horas serão chave para tentar se chegar a um acordo a tempo para poder completar os procedimentos antes do dia 2 de agosto, data limite marcada pelo Departamento do Tesouro para evitar cair em moratória. A principal oposição foi que o plano republicano estabelece uma elevação da dívida em duas fases, uma que daria sinal verde a um aumento de perto de US$ 1 trilhão até o final deste ano e a outra, que teria que ser submetida a votação no Congresso em 2012, ano de eleições presidenciais.
Reid compareceu perante a imprensa um minuto depois do voto e repetiu sua queixa que os republicanos não querem uma solução negociada e estão pondo em perigo a saúde econômica do país. "É hora de sermos adultos, nos reunir e chegar a um compromisso", assinalou. Neste sábado, a Câmara de Representantes se reúne e prevê votar posteriormente a proposta de Reid, no que se será outra votação sobre linhas partidárias de rejeição do plano democrata. Espera-se que o Senado leve a cabo um voto de procedimento sobre o plano apresentado por Reid no domingo e o voto definitivo poderia ocorrer na segunda-feira.
Entenda o caso
No último dia 16 de maio, os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público - de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões). Na ocasião, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, anunciou medidas temporárias, como a suspensão de investimentos em fundos de pensão, a fim de evitar que a dívida ultrapassasse esse limite. No mesmo mês, o líder republicano na Câmara dos Representantes, John Boehner, afirmou que a ampliação do teto da dívida deve ser acompanhada por cortes de gastos proporcionais. No dia 31, a Câmara rejeitou uma proposta republicana para um novo limite da dívida.
No dia 29 de junho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que os EUA devem levantar o seu limite de endividamento rapidamente para evitar um "choque severo" aos mercados globais e uma recuperação ainda mais frágil de sua economia. Obama sugeriu então novas medidas para estimular o crescimento do emprego e indicou o aumento de impostos sobre a camada mais rica da população. Os republicanos ignoraram os pedidos se concentraram em debater a diminuição do déficit do país.
Levantamentos do governo apontam que o país deve ultrapassar o chamado "teto de sua dívida" no próximo dia 2 de agosto. Negociações entre o presidente Barack Obama e o líder republicano John Boehner prosseguiram, mas não conseguiram romper o impasse sobre o tema. Os republicanos, que fazem oposição ao presidente Obama e controlam a Câmara dos Representantes - o equivalente à Câmara dos Deputados -, conseguiram aprovar um acordo para elevar o teto da dívida em US$ 900 bilhões no dia 29 de julho, mas o projeto deve ser aprovado também pelo Senado para que entre em vigor. Por sua vez, o governo americano e o Partido Democrata têm um plano diferente do aprovado na Câmara para ser votado pelo Senado.
Antes da aprovação do plano republicano na Câmara dos Representantes na sexta-feira (29), o presidente Barack Obama voltou a pedir que o povo pressionasse as autoridades para que o aumento do teto da dívida fosse aprovado. Segundo o presidente, os EUA podem evitar que o não pagamento das dívidas aconteça e que esse é um dever dos políticos.

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