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terça-feira, agosto 23, 2011

Diante da crise, Mantega admite crescimento de 4% este ano

Diante da crise mundial, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta terça-feira crescimento de 4% para o ano de 2011. A posição oficial do governo era a de, mesmo com as turbulências internacionais, manter a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 4,5% para este ano e em 5% para 2012.
"PIB de 4% não é um PIB mau para um ano de transição. É suficiente para gerar arrecadação, bancar os custos e fazer o superávit primário. Se as condições externas piorarem mais ao longo deste segundo semestre, o PIB pode crescer menos, mas não ficará abaixo de 4%. Conseguiremos ficar em torno deste patamar", disse Mantega ao participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
O ministro explicou que, caso as turbulências internacionais coloquem em risco o crescimento da economia brasileira, o governo tomará medidas para evitar uma queda forte na geração de riquezas do País.
"Se houver uma deterioração da situação internacional, tomaremos medidas para impedir que nosso PIB caia. Temos muitas armas monetárias, o compulsório elevado, a taxa de juros elevada, que podem ser usados para uma eventual queda e para recuperar a economia. Tomaremos as medidas necessárias para garantir que a economia continue crescendo", afirmou.
Durante a audiência no Senado, ele voltou a defender o combate à inflação e afirmou também esperar que o governo chinês consiga manter-se estável durante a crise e não derrubar o preço das commodities em nível mundial. "Se a China balançar, vai balançar muita gente. Esperamos que não balance. Se balançar, o preço das commodities pode cair. Vamos torcer que eles acomodem seu nível de problemas sem nos prejudicar", explicou ele.
Aos senadores, Mantega disse também que a redução da taxa básica de juros é "prioridade" para o governo. Ele fez um apelo para que não sejam aprovadas medidas que representem aumento de gastos, como a criação de um piso salarial nacional para bombeiros e policiais.
"Criar as condições para baixar a Selic me parece prioritário nesse momento. Mas não se pode baixar a taxa de juros de forma voluntarista. Temos de olhar para a inflação, garantir que ela esteja sob controle e, aí sim, trabalhar sobre os juros. Agora temos espaço porque o governo está determinado a fazer política fiscal que abre essa condição", disse.
"Estamos sempre vigiando a inflação. Tem que ser uma preocupação permanente de todos nós, e estamos olhando. Daqui para a frente diria que ela está em um caminho mais benigno", afirmou Mantega, que defendeu ainda a ampliação da taxa de investimento no Brasil para um patamar de até 24% do PIB.
"Temos que continuar estimulando o investimento, que tem que ultrapassar os 20% do PIB. Está um pouco aquém. Vamos chegar a 23%, 24%", declarou. Ele admitiu, no entanto, que há uma rotineira pressão por aumento de benefícios sociais, como programas de transferência de renda, mas disse que essas medidas destinadas à população carente também "são considerados essenciais e prioritárias".

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