Após reunião realizada na tarde desta quarta-feira no palácio Guanabara, em Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro, o governo do Estado divulgou o plano de prevenção de desastres naturais em áreas de risco para este verão. Segundo o mapeamento geológico concluído em dezembro pelo Departamento de Recursos Minerais (DRM), aproximadamente 32 mil pessoas estão expostas a desabamentos e deslizamentos em 31 municípios, onde existem 1.673 setores de risco iminente.
A reunião contou com a presença de diversas autoridades entre secretários, prefeitos e representantes da Defesa Civil. O vice-governador Luiz Fernando Pezão afirmou que as regiões mais afetadas já estão sendo treinadas. "A gente está tentando fazer o trabalho de prevenção. A Defesa Civil tem treinado, principalmente Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, aquelas regiões que foram mais atingidas. Estamos fazendo um trabalho de alerta e queremos intensificar nas 31 cidades", disse.
O plano prevê ações executadas em parceria entre Estado e municípios. A primeira providência é elaborar, imprimir e distribuir cartilhas orientadoras nas áreas afetadas. Além disso, os prefeitos vão assinar um termo de compromisso para levar adiante as recomendações feitas pela Defesa Civil para atuar emergencialmente.
Para o geólogo Flávio Erthal, o grande desafio será o treinamento da população quando as chuvas ocorrerem. "O mapeamento não resolve a questão. Ele é um ponto de partida para o conhecimento, mas tem que ser acompanhado do sistema de alerta, da participação da sociedade e da capacidade de intervenção."
A proposta da Defesa Civil é treinar agentes para auxiliar na remoção dos moradores de áreas de risco em caso de alerta de fortes chuvas. Será solicitado às prefeituras que disponibilizem servidores públicos para serem capacitados a atuar em situações de emergência. Todos receberão um kit contendo capa de chuva, lanternas e apitos.
Relembrando o caso do município de Areal, o secretário do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, anunciou que alarmes móveis serão disponibilizados gratuitamente a quem solicitar. "Pegando o bom exemplo do prefeito de Areal, que botou o carro de som na rua e salvou um monte de gente, estamos bancando em todos os municípios aqueles que tiverem carro e quiserem botar o alarme móvel", afirmou.
Para médio e longo prazo está previsto a instalação de novos sistemas de alarme em todas as áreas de risco iminente. E também serão distribuídos aparelhos celulares que receberão avisos via SMS em caso de emergência.
Tragédia na região serrana
As fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro nos dias 11 e 12 de janeiro de 2011 provocaram enchentes, deslizamentos de terra e mataram oficialmente 905 pessoas. Mais de 300 foram consideradas desaparecidas. As cidades mais atingidas pelos temporais foram Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), chuvas com tal intensidade ¿ algumas estações registraram quase 300 mm de precipitação em 24 horas - têm probabilidade de acontecer apenas a cada 350 anos.
A reunião contou com a presença de diversas autoridades entre secretários, prefeitos e representantes da Defesa Civil. O vice-governador Luiz Fernando Pezão afirmou que as regiões mais afetadas já estão sendo treinadas. "A gente está tentando fazer o trabalho de prevenção. A Defesa Civil tem treinado, principalmente Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, aquelas regiões que foram mais atingidas. Estamos fazendo um trabalho de alerta e queremos intensificar nas 31 cidades", disse.
O plano prevê ações executadas em parceria entre Estado e municípios. A primeira providência é elaborar, imprimir e distribuir cartilhas orientadoras nas áreas afetadas. Além disso, os prefeitos vão assinar um termo de compromisso para levar adiante as recomendações feitas pela Defesa Civil para atuar emergencialmente.
Para o geólogo Flávio Erthal, o grande desafio será o treinamento da população quando as chuvas ocorrerem. "O mapeamento não resolve a questão. Ele é um ponto de partida para o conhecimento, mas tem que ser acompanhado do sistema de alerta, da participação da sociedade e da capacidade de intervenção."
A proposta da Defesa Civil é treinar agentes para auxiliar na remoção dos moradores de áreas de risco em caso de alerta de fortes chuvas. Será solicitado às prefeituras que disponibilizem servidores públicos para serem capacitados a atuar em situações de emergência. Todos receberão um kit contendo capa de chuva, lanternas e apitos.
Relembrando o caso do município de Areal, o secretário do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, anunciou que alarmes móveis serão disponibilizados gratuitamente a quem solicitar. "Pegando o bom exemplo do prefeito de Areal, que botou o carro de som na rua e salvou um monte de gente, estamos bancando em todos os municípios aqueles que tiverem carro e quiserem botar o alarme móvel", afirmou.
Para médio e longo prazo está previsto a instalação de novos sistemas de alarme em todas as áreas de risco iminente. E também serão distribuídos aparelhos celulares que receberão avisos via SMS em caso de emergência.
Tragédia na região serrana
As fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro nos dias 11 e 12 de janeiro de 2011 provocaram enchentes, deslizamentos de terra e mataram oficialmente 905 pessoas. Mais de 300 foram consideradas desaparecidas. As cidades mais atingidas pelos temporais foram Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), chuvas com tal intensidade ¿ algumas estações registraram quase 300 mm de precipitação em 24 horas - têm probabilidade de acontecer apenas a cada 350 anos.
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