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sexta-feira, junho 10, 2011

Felipão confirma represália à DIS e condena "roubo no futebol"


O técnico Luiz Felipe Scolari não economizou palavras na tarde desta sexta-feira, na Academia de Futebol. O treinador deixou claro que o corte de Tinga do banco de reservas do Palmeiras, no último sábado, foi uma represália à DIS, empresa que detém os direitos do meia e de mais dois atletas.
"Não é coincidência (o corte). Eles que pensem o que quiserem. Não é coincidência", afirmou Scolari.
A crise entre o técnico e os agentes começou com o caso Vinícius. Na visão do palmeirense, a DIS, que começou a representar o atacante recentemente, seduziu o jogador para que ele recusasse uma proposta da Udinese (ITA), que era vantajosa para o Palmeiras.
A diretoria e o treinador acreditam que a tática da empresa é empurrar a situação até março, quando ele já poderá fazer um pré-contrato com outro clube. O Palmeiras, dono de 80% dos direitos, não ganharia nada.
"Vinícius é um bom menino. Mas daqui um ano, um ano e pouco, termina o contrato. A direção já vem há três, quatros meses procurando para renovar. Não é do interesse. Então, tenho de trabalhar com outros meninos que o Palmeiras vai ter utilidade no futuro. E não para uma empresa", explicou Felipão, que também disse que os jogadores precisam saber lidar com os empresários.
"Se o jogador tiver cabeça, não atrapalha. Temos conversado e o menino tem entendido a situação do Palmeiras. O Palmeiras gasta há seis anos com ele. Não é porque alguém chega com um carro (de presente, ao garoto) e prejudica o Palmeiras. Vamos ver o que pode acontecer", disse.
"Nós do Palmeiras e comissão técnica podemos conversar. Desde que seja bem feito e bem conversado. O que não vão poder falar é que eu não cuidei dos bens do Palmeiras. Cuido como se fosse minha casa. Vinícius é um bem do Palmeiras. Existe agiotagem, um roubo que no futebol brasileiro está demais. Vou trabalhar para o Palmeiras se quiserem. Quando é para ajudar os grupos que nos cedem atletas, podem ter certeza que faço", completou.
Apesar da briga, Felipão diz que dá o mesmo tratamento no dia a dia da Academia de Futebol para todos. Gabriel Silva, outro que pertence à DIS, é titular.
"Não estão sendo prejudicados. Quando trabalho no dia a dia, me dedico, dou informações e passo tudo o que acho que é para o crescimento. Quando recebem informações e isso não condiz com o que tem sido feito, não dou informação alguma. Eu decido quem vai para a base ou não, quem vai jogar. Em alguns clubes já não entram. Pode ser que aqui as portas possam fechar. Não gosto de brigar. Mas quando entro na briga...", disparou.
"Não sou contra grupos. Trabalho, faço tudo direitinho para o Palmeiras com concordância de A, B ou C. Quero a retribuição dessas pessoas também ao notarem que um trabalho feito em dois, três, cinco anos, precisa ser dado ao Palmeiras o valor desse investimento. Quero a situação correta", completou.
A DIS se defende afirmando que é parceira do Palmeiras. Alega ainda que o clube lhe deve R$ 800 mil da negociação com Tinga, de 2010. Na segunda, a empresa preferiu "não acreditar" em represália do treinador.


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