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quinta-feira, junho 30, 2011

PA: Ibama desmonta madeireiras onde extrativistas foram mortos


O Ibama começou nesta quinta-feira a retirar o maquinário e mercadorias ainda existente em 12 madeireiras ilegais instaladas em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará. Com vasto histórico de ilegalidades contra o meio ambiente, elas tiveram suas licenças ambientais estaduais cassadas neste mês pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) a pedido do órgão ambiental federal. Segundo o Ibama, com o desmonte, extingue-se o pólo madeireiro ilegal, onde há cerca de um mês foram assassinados os líderes extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva.
Todos os equipamentos e produtos florestais serão destinados à prefeitura de Vigia (PA) e ao Exército, que, após a conclusão do processo de doação, utilizarão os bens em obras sociais no estado. "Esperamos que uma nova geração de madeireiras, comprometida com a lei e o meio ambiente, surja no lugar desta, que, apesar das constantes multas impostas, sempre persistiu nas atividades ilegais", disse o gerente do Ibama em Marabá, Paulo Vinícus Marinho, que coordena a desativação das empresa, ação que faz parte da operação Disparada.
Os antecedentes das madeireiras incluem 122 autos de infração, que somam R$ 5,1 milhões em multas aplicadas pelo Ibama entre 2006 e 2010. Entres as autuações, constam casos de venda e depósito de madeira ilegal, recepção de madeira de desmatamento e de explorações ilegais de florestas em terras públicas e privadas, além de corte e comercialização de castanheiras, espécie protegida por lei contra o uso madeireiro.
Ao todo, serão desativadas as empresas: Madeireira Bom Futuro Ltda, MP Torres e Cia Ltda, Madeireira Belmonte Ltda, Tedesco Madeira Ltda, Madeireira Eunápolis Ltda, Serraria Tico Tico Ltda, Sandra Coelho Santos Madeireira Ltda, Paulo Mendes Souza e Cia Ltda, Manoel Acácio Carneiro ME, PH Laminados e Compensados Ltda, Gilmar Rodrigues Silva ME e NS Filofo.
O desmonte do maquinário deve durar uma semana. A ação, que chegou à região no final de maio, já aplicou R$ 3,3 milhões em multas, apreendeu 770 m3 de madeira em tora, 630 m3 do produto serrado, embargou 315 hectares de áreas desmatadas e destruiu dezenas de fornos de carvão no Assentamento Praialta-Piranheira. A operação Disparada permanece na região por tempo indeterminado.

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